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domingo, 6 de junho de 2010

ENQUANTO CHOVE

A chuva bordou nos vidros da janela
Carreiras e mais carreiras de pontos,
Cristais sobre cristais, de uma nova cidade
Fundada ali mesmo, no limite da sala.

Do lado de fora relâmpagos, trovões
Que mais faziam brilhar os seus pingos.
No sofá, seus chinelos e xícaras de chá,
Talvez não apontem meus sonhos.

Apenas o seu olhar, nos clarões
Que a chuva provoca, muda o tom
Faz o convite para o amor
Fundado ali mesmo, no limite da sala.

Cristais sobre cristais,
de uma nova cidade.
Carreiras e mais carreiras de beijos,
Escondidos da chuva,
Que sonda pelos vidros da janela,
E borda um poema de signos
Sobre tudo que vê enquanto chove.

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