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quinta-feira, 3 de junho de 2010

PARA QUE A MANHÃ...

Às vezes um bondão traz o meu dia,
Com uns dez empregados,
Antes dos primeiros raios solares.
Um só bondão não produz a manhã.
Para o primeiro turnomuitos bondões
Que se cruzam com muitos outros
Levam operários e pretendentes
Manufaturando minha manhã.

às vezes, bucolicamente, meu dia
Vem com os cantos dos pásssaros
E o apito do trem, que pelo banhado
Carrega vagões e vagões de minérios.
Um apito só não produz o dia.
Muitos cantos dos pássaros e o apito
Trazem os primeiros raios de sol
Completando a minha manhã.

Às vezes, melancolicamente, meu dia
Vem com a partida do carro do vizinho,
Ou antes, com sua descarga, que pelo prédio
Carrega seus excessos, antes do dia clarear.
Só a partida do carro não leva a noite.
São necessários: partida mais bondões,
que se cruzam, com muitos outros,
Levando operários - não demitidos -
Para a montagem da minha manhã.

Ultimamente, os gritos da professora
Na acdemia instalada ao lado,
Antes dos primeiros raios solares,
Querem colocar em forma minha manhã:
Vai! Sobe! Desce! Pernas! Braços!
De um lado! De outro! Mais rápido!
Nesta minha manhã tenho vontade de
Apanhar esse grito e lançar para longe!

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