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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Diante de todo mundo...

Assim, sem esperar, sem planos,
Não marcou encontro,
Não criou nenhuma artimanha,
Foi de uma hora para outra,
Não resisti, acabei cedendo.

Ela veio por inteiro.
A noite ainda começava,
A casa estava cheia de gente,
Levou-me para o quarto...

Levou-me para a cama...
Fez com que sentisse calor e frio,
Calafrios...
Sabe aquela chama que queima como fogo?

Sem dar a mínima para as visitas
Jogou-me na cama.
Com experiência de muitos anos,
Deixou-me marcas para sempre.

Eu, sem jeito, meio tonto,
No meio de tanta gente,
Não tinha palavras, nem cara,
Para justificar aquele momento.

Juro, até senti vergonha
E ela não estava nem aí.
Só me deu sossego
Depois da segunda benzetacil
tomada na mesma noite.

Assim, não há cristão que aguente,
Outra crise de erisipela é demais!

sábado, 8 de janeiro de 2011

Filho com açúcar

Os meninos crescem ,assim, sem avisos.
Bateu à nossa aorta, também sem avisar,
O primeiro neto, ou neta, rompendo sonhos,
Trazendo de surpresa uma nova realidade.

Amado, desde o primeiro instante
- madrugadinha, antes do café -
Agora, aprender tudo de novo:
Estimular sensações, tato, cheiro,
som, peso, cor, calor e o nosso amor.

Ensinar a conhecer-se indivíduo: dedo,
mão, pé, boca, corpo, tudo inteiramente.
Zaz, já é quase o primeiro ano de vida.
vem a intencionalidade: choro, sorriso,
manha, olhar... Tudo pré-programado.

Depois notar o outro, outros, o mundo à parte!
Chega o tempo dos sinais, da simbologia
( aquelas roupinhas já não servem mais... )
As sensações começam a se distinguir.

E já é o tempo de sair para a escolinha
Aquele "pedacinho" de gente já se coloca
Deixou de ser o bebezinho de colo, caminha...

Mais um passo descobre outras pessoas, fora
de casa conquista novos amigos e amigas.

Eu avô tentando um poema e ele (ou ela)
já vem com sua página na internet...

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Novela na hora do jantar

Ainda não eram seis horas da tarde,
O cheiro manso do feijão novo, cozido,
Tomava conta de todos os cômodos
Anunciando a proximidade do jantar.

É impressionante como as novelas
Mudaram os hábitos em nossa casa!
Sobre a mesa, salada, vinho e os copos.
Pratos e talheres no lugar de costume.

No balcão, nas panelas, arroz e feijão.
A tigela com molho temperado de ovos
Trouxe além do sabor, muita infância.

As batatas fritas vinham diretas do fogão.
Daqui a pouco, silêncio: acho que morreu!
Era só um comentário do capitulo de hoje.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A Sala

E o poeta possuia uma sala só para ele.
E suas poesias estavam expostas na parede.
Expostas na parede como grandes quadros pintados por algum artista.
E a sua obra podia ser sentida sem as palavras,
Mas havia palavras que tinham formas.
E o poeta era concretista.
Concretismo?!
Mas o que é concretismo?
Pessoas entravam na sala do poeta.
Adultos: crianças para a poesia.
E o poeta explica o desconhecido para a criança de cada adulto.
E os olhos das crianças dos adultos olham...
E os ouvidos das crianças dos adultos escultam...
A poesia é feita também para eles.
Denúncia, amor, contestação, História.
A poesia é o conteúdo e a forma do mundo.
Do conteúdo do mundo pode-se fazer uma poesia.
Da forma do mundo pode-se fazer uma poesia.
E o poeta adulto sorri seu sorriso criança:
a criança de cada adulto entendeu sua mensagem.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Conclusão do Projeto - Diga: 33

Durante 33 dias, publicamos 33 poemas inéditos que estão à disposição aguardando o seu comentário.